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terça-feira, 9 de abril de 2013

Breve resumo: Educação no Brasil colônia.


A primeira fase do Ensino no Brasil perpassa pela Cia. de Jesus, seus funcionários eram ligados à Igreja  e ao Estado. A colônia era vista como uma forma de economia complementar à metrópole. Os jesuítas deviam cristianizar e ressocializar os nativos, para que estes integrassem a mão de obra.

Tomé de Souza trouxe a Cia. de Jesus para o Brasil em 1549, sob a batuta de Manoel da Nóbrega, haviam 9 anos que a Cia. havia sido instaurada em Portugal.

Em Portugal era grande o índice de analfabetismo, e os profissionais designados ao magistério, eram, em sua maioria incapacitados para tal função, no entanto, Nóbrega possuía vasata cultura, sendo formado em duas Universidades.

A divisão que se estabelece no Ensino nesse período é a seguinte: 1549-1570 (Período Heroico , 1570-1759 (Organização e Consolidação) e 1759-1827 (Pombalino).
                
O primeiro período tem esse nome pois, não havia estrutura alguma, tudo era feito na garra, sequer haviam recursos financeiros, logo, os catequistas eram vistos como heróis, surgiram os colégios jesuítas na Bahia e depois em Olinda e no Rio.
                
Pelas regras da Cia. nesse período, os missionários não podiam ter terras e nem escravos, assim, sua renda era limitada, a catequese era feita com muita raça e crença.

Em 1564 criou-se a redizima, que destinava 10% do dízimo aos colégios, com essa mudança, começa a existir o tão sonhado aporte financeiro para as missões. Os missionários, as missões e a Cia. puderam comprar fazendas e escravos e gerar mais renda.
                
A grande diferença do primeiro para o segundo período é justamente econômica.
                
No primeiro os jesuítas tinham de ganhar a confiança e simpatia dos nativos sem muito ter a oferecer.
                
Com os recursos do segundo período, se instalou um modelo de educação clássico, em certo ponto medieval, pautado em regime de grande disciplina.
                
No primeiro período, Nóbrega tentara instalar um sistema de ensino que englobasse mulheres, fosse técnico e cuidasse dos órfãos, porém, a Igreja e o Estado não aceitaram esse modelo.
                
Os jesuítas então educavam os meninos nas escolas e doutrinavam as garotas nas igrejas.
                
No segundo período, a educação passou a ser mais elitista, deixando de lado o caráter missionário. O segundo nível de ensino era passado só para os brancos e membros da elite. O terceiro era voltado para a formação de novos sacerdotes.

Em 1599 se instala o Ratio Studiorum, que passa a reger o ensino.
                
O Ratio era dividido em 4 níveis (em sua versão brasileira), passando do letramento até a teologia, ao longo dos estudos a classe era acompanhada pelo mesmo professor que fazia uso sempre das mesmas fontes, as fontes, por sinal, eram reduzidas, utilizavam geralmente dois autores ao longo do processo.
                
A primeira etapa era o curso elementar, nele estavam presentes as primeiras letras e a doutrina católica.
                
O estudo não constituía avanço para o Brasil, já que a economia agrícola do período não necessitava de qualificação.

As pessoas que deviam servir, não precisavam saber ler ou escrever, assim pensavam a Igreja e o Reino, os que estudavam deveriam ser novos missionários e padres.
                
Escravos e domésticas deviam apenas exercer suas funções, e havendo escravos, nenhum homem livre deveria trabalhar.

A herança desse período se estendeu por séculos, e foi de suma importância para que Portugal mantivesse controle sobre a colônia.

Reforma(s) Pombalina(s)
                
Em 1759, os jesuítas foram expulsos do Brasil, o ensino passou das mãos da Igreja para as do Estado.
                
A miséria econômica levou o Reino a tomar essa decisão, visto que, a Cia. já não era apenas missionária, tinha interesses econômicos, e isso (teoricamente) contrariava suas bases (e não era tão bom para o Estado).
                
A política anticapitalista dos jesuítas incomodava os colonos, esses queriam os índios como escravos, mas o ensino oferecido os tornava livres.

Para a coroa, o processo de catequização já estava completo, desse modo, não havia necessidade dos jesuítas continuarem seu trabalho, em 1759 ocorreu a Reforma Pombalina que atendia os interesses da Coroa.

A expulsão dos jesuítas afetou mais o ensino das elites que o das camadas inferiores, uma vez que seu método privilegiava o estudo de brancos e nobres e...

Todo o sistema de ensino existente foi destruído.

Em 1772 Pombal criou um plano para alavancar um novo sistema de ensino através de um imposto, porém não arrecadou recursos suficientes (anos antes da reforma, isso mesmo, era um sinal).

Tentou-se instituir o plano de aulas régias, mas a incapacidade dos leigos docentes afastava os discentes. 

Não existia plano pedagógico, as disciplinas eram soltas e havia o medo de ser recrutado na escola. Não havia currículo ou ensino seriado (alguns eram recrutados nas escolas, recrutados mesmo, para servir militarmente).
                
Em 1784 haviam poucos colégios nos grandes centros, o ensino era menos abrangente que o jesuítico, os mestres eram mal remunerados, ninguém queria dar aulas, os professores eram pegos no laço. Sem a mínima qualificação, não conseguiam ter sucesso no letramento.

A vinda da Família Real

Em 1807, a Corte se muda para o Rio e se instauram novos pensamentos educacionais, estes deviam atender os interesses da aristocracia portuguesa recém-chegada, a relação entre Colônia e Metrópole se transforma. Muito precisava ser feito para atender aos novos interesses.
                
No Rio e na Bahia, várias instituições de cultura e educação são criadas para atender à Corte e à aristocracia; bibliotecas públicas, o Jardim Botânico do Rio e outras mais.
                
A grande preocupação foi para com o ensino superior, os outros níveis ficaram em segundo plano, conforme era de interesse elitista à época... (Isso na teoria, pois como sabemos, Universidades no Brasil apenas na década de 1930, antes apenas algumas faculdades).

Lucas Cunha

2 comentários:

  1. Seguindo sua linha de raciocínio, se o texto é simplório (não acho), o comentário também será: o que começa errado continua errado e vai precisar de muito esforço para se consertar.

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