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sexta-feira, 12 de abril de 2013

Reflexão

Nos dias atuais, muitas pessoas esperam que a Escola seja a única educadora, como se além do ensino fosse necessário que fizesse toda a educação de valores e conceitos!  
Creio que é papel da Escola e do Ensino dar noção de valores aos educandos, mas é impossível que a Escola tenha êxito se ensina e em casa as crianças tenham a experiência oposta, ou seja, se no lar não forem instaurados e reproduzidos certos valore, a Escola nada poderá fazer!


Lucas Cunha

quarta-feira, 10 de abril de 2013

EJA

Através do link abaixo, é possível acessar o trabalho entregue à disciplina Política Educacional, ministrada pela Professora Ms. Maria Do Carmo Marisco e elaborado pelos discentes Gabriela Balmaceda, Lucas Cunha e Yanina Vaccari.

http://pt.scribd.com/doc/135073510

O trabalho enfoca nos parâmetros legais sobre a Educação de Jovens e Adultos, traz dados do Censo Educacional de 2012, discorre sobre o EJA e o ProJovem, a experiência vivida pelos discentes junto ao EJA na rede municipal de Diamantina-MG e o FUNDEB.

Quem tiver interesse e não conseguir acessar a página do SCRIBD pode entrar em contato comigo, eu envio o trabalho.

Lucas Cunha

terça-feira, 9 de abril de 2013

Breve resumo: Educação no Brasil colônia.


A primeira fase do Ensino no Brasil perpassa pela Cia. de Jesus, seus funcionários eram ligados à Igreja  e ao Estado. A colônia era vista como uma forma de economia complementar à metrópole. Os jesuítas deviam cristianizar e ressocializar os nativos, para que estes integrassem a mão de obra.

Tomé de Souza trouxe a Cia. de Jesus para o Brasil em 1549, sob a batuta de Manoel da Nóbrega, haviam 9 anos que a Cia. havia sido instaurada em Portugal.

Em Portugal era grande o índice de analfabetismo, e os profissionais designados ao magistério, eram, em sua maioria incapacitados para tal função, no entanto, Nóbrega possuía vasata cultura, sendo formado em duas Universidades.

A divisão que se estabelece no Ensino nesse período é a seguinte: 1549-1570 (Período Heroico , 1570-1759 (Organização e Consolidação) e 1759-1827 (Pombalino).
                
O primeiro período tem esse nome pois, não havia estrutura alguma, tudo era feito na garra, sequer haviam recursos financeiros, logo, os catequistas eram vistos como heróis, surgiram os colégios jesuítas na Bahia e depois em Olinda e no Rio.
                
Pelas regras da Cia. nesse período, os missionários não podiam ter terras e nem escravos, assim, sua renda era limitada, a catequese era feita com muita raça e crença.

Em 1564 criou-se a redizima, que destinava 10% do dízimo aos colégios, com essa mudança, começa a existir o tão sonhado aporte financeiro para as missões. Os missionários, as missões e a Cia. puderam comprar fazendas e escravos e gerar mais renda.
                
A grande diferença do primeiro para o segundo período é justamente econômica.
                
No primeiro os jesuítas tinham de ganhar a confiança e simpatia dos nativos sem muito ter a oferecer.
                
Com os recursos do segundo período, se instalou um modelo de educação clássico, em certo ponto medieval, pautado em regime de grande disciplina.
                
No primeiro período, Nóbrega tentara instalar um sistema de ensino que englobasse mulheres, fosse técnico e cuidasse dos órfãos, porém, a Igreja e o Estado não aceitaram esse modelo.
                
Os jesuítas então educavam os meninos nas escolas e doutrinavam as garotas nas igrejas.
                
No segundo período, a educação passou a ser mais elitista, deixando de lado o caráter missionário. O segundo nível de ensino era passado só para os brancos e membros da elite. O terceiro era voltado para a formação de novos sacerdotes.

Em 1599 se instala o Ratio Studiorum, que passa a reger o ensino.
                
O Ratio era dividido em 4 níveis (em sua versão brasileira), passando do letramento até a teologia, ao longo dos estudos a classe era acompanhada pelo mesmo professor que fazia uso sempre das mesmas fontes, as fontes, por sinal, eram reduzidas, utilizavam geralmente dois autores ao longo do processo.
                
A primeira etapa era o curso elementar, nele estavam presentes as primeiras letras e a doutrina católica.
                
O estudo não constituía avanço para o Brasil, já que a economia agrícola do período não necessitava de qualificação.

As pessoas que deviam servir, não precisavam saber ler ou escrever, assim pensavam a Igreja e o Reino, os que estudavam deveriam ser novos missionários e padres.
                
Escravos e domésticas deviam apenas exercer suas funções, e havendo escravos, nenhum homem livre deveria trabalhar.

A herança desse período se estendeu por séculos, e foi de suma importância para que Portugal mantivesse controle sobre a colônia.

Reforma(s) Pombalina(s)
                
Em 1759, os jesuítas foram expulsos do Brasil, o ensino passou das mãos da Igreja para as do Estado.
                
A miséria econômica levou o Reino a tomar essa decisão, visto que, a Cia. já não era apenas missionária, tinha interesses econômicos, e isso (teoricamente) contrariava suas bases (e não era tão bom para o Estado).
                
A política anticapitalista dos jesuítas incomodava os colonos, esses queriam os índios como escravos, mas o ensino oferecido os tornava livres.

Para a coroa, o processo de catequização já estava completo, desse modo, não havia necessidade dos jesuítas continuarem seu trabalho, em 1759 ocorreu a Reforma Pombalina que atendia os interesses da Coroa.

A expulsão dos jesuítas afetou mais o ensino das elites que o das camadas inferiores, uma vez que seu método privilegiava o estudo de brancos e nobres e...

Todo o sistema de ensino existente foi destruído.

Em 1772 Pombal criou um plano para alavancar um novo sistema de ensino através de um imposto, porém não arrecadou recursos suficientes (anos antes da reforma, isso mesmo, era um sinal).

Tentou-se instituir o plano de aulas régias, mas a incapacidade dos leigos docentes afastava os discentes. 

Não existia plano pedagógico, as disciplinas eram soltas e havia o medo de ser recrutado na escola. Não havia currículo ou ensino seriado (alguns eram recrutados nas escolas, recrutados mesmo, para servir militarmente).
                
Em 1784 haviam poucos colégios nos grandes centros, o ensino era menos abrangente que o jesuítico, os mestres eram mal remunerados, ninguém queria dar aulas, os professores eram pegos no laço. Sem a mínima qualificação, não conseguiam ter sucesso no letramento.

A vinda da Família Real

Em 1807, a Corte se muda para o Rio e se instauram novos pensamentos educacionais, estes deviam atender os interesses da aristocracia portuguesa recém-chegada, a relação entre Colônia e Metrópole se transforma. Muito precisava ser feito para atender aos novos interesses.
                
No Rio e na Bahia, várias instituições de cultura e educação são criadas para atender à Corte e à aristocracia; bibliotecas públicas, o Jardim Botânico do Rio e outras mais.
                
A grande preocupação foi para com o ensino superior, os outros níveis ficaram em segundo plano, conforme era de interesse elitista à época... (Isso na teoria, pois como sabemos, Universidades no Brasil apenas na década de 1930, antes apenas algumas faculdades).

Lucas Cunha

Política X Revolução

É uma coisa muita simplória, mas algumas pessoas não conseguem entender.
Não se faz política "na marra", se faz revolução.
Política se faz com diálogo.
Diálogo no dia-a-dia, no seu bairro, na sua escola...
Fazemos política o tempo todo sem sabermos.
O que vem "na marra", forçando a barra não dá direito ao diálogo.
O que é feito sem diálogo oprime, tira a liberdade.
O que é feito "na marra" é revolução.
Como as que levaram o Brasil a duas ditaduras.
O que é feito "na marra" atenta contra a cidadania.
Mas a revolução também não precisa da "marra".
A revolução pode passar pela política.
A revolução pode ser pacifica, como a soviética.
Mas pode ainda ser pacífica, política e democrática, como a contra Collor.
Pode ser política e pacífica sem ser ditatorial.
Basta educação, cultura e senso coletivo para elegermos bem.
A revolução que precisamos não precisa de armas.
Tal revolução não precisa de imposições "na marra".
A revolução acontecerá em plenitude de liberdade ao sabermos dialogar.
A revolução será plena ao ser natural.
"Na marra" não há política, há revolução.
E revolução "na marra" raramente traz bons frutos.

Só quero que os revolucionários do presente entendam que...
Albert Einstein foi revolucionário.
Martin Luther King foi revolucionário.
Jesse Owens foi revolucionário.
Didier Drogba é um revolucionário.
Nelson Mandela é um revolucionário.

Suas armas?
Einstein simplesmente disse ser humano quando deveria ter dito ariano.
King pregou a não violência e o amor ao próximo.
Owens ergueu seu pulso cerrado diante de Hitler em Berlin.
Drogba levou o futebol ao norte de seu país.
Mandela foi líder da resistência não-violenta da juventude.

Lucas Cunha

sexta-feira, 5 de abril de 2013

O caso: Feliciano e a Comissão de Direitos Humanos.

O caso: Feliciano e a Comissão de Direitos Humanos.

Bombando nos noticiários... Caso intrigante esse! 

Em alguns capítulos pudemos assistir o "suposto" agressor se tornar agredido.

Vamos por partes:

1º Todo cidadão brasileiro tem o direito garantido em constituição de se manifestar conforme suas convicções, do mesmo modo tem toda a liberdade de opinião. Resumindo, todo mundo pode falar o que quiser, isso se chama liberdade de opinião e expressão.

2º Qualquer cidadão tem o direito de ter sua religião, crença, ideologia política, etc. e de praticar a mesma, desde que a prática não conduza a atos que violem os direitos de outros cidadãos. Isto também está na constituição. 

3º O Estado deve ser laico. Mais uma vez estamos falando da constituição.

4º O crime de racismo ou de intolerância, seja racial, religiosa ou de qualquer natureza se caracteriza por ações discriminatórias ou excludentes, ações que impeçam o cidadão de exercer seus direitos constitucionais de ir e vir ou de ter sua plena liberdade.

5º O crime de difamação ou de calúnia se caracteriza quando, se atenta moralmente, de forma direta ou indireta uma pessoa ou grupo.

6º A constituição brasileira prega que o casamento, ou seja a união civil entre duas pessoas, deve ser entre homem e mulher; por isso, nos estados onde se liberou o chamado "casamento gay", na verdade temos um contrato de união estável entre duas pessoas, similar ao que ocorre em uma sociedade empresarial.

Meu modo de enxergar a situação:

1 - O Deputado Federal Marcos Feliciano - deve ser tratado assim, e não como Pastor, pois o Estado é laico e no caso em questão estamos falando de um congressista e não de um religioso -  tem o pleno direito de se manifestar contra o casamento gay, contra os negros e contra o que ele quiser, pelo simples fato de a constituição lhe garantir o direito de opinião e manifestação de sua opinião. O que ele não poderia de maneira alguma é cercear, reprimir ou agir contra alguém ou um grupo, motivado por suas convicções pessoais.

2 -  A constituição também lhe assegura o direito à religião, e seguindo seus princípios religiosos, Feliciano tem o pleno direito de achar que os gays não são exemplos para a sociedade. Nesse ponto creio eu, se desconfigurar o crime de difamação, já que a suposta ofensa advém da defesa de motivos religiosos e a prática religiosa é protegida pela constituição, caso o Deputado tivesse dito algo em plenário a situação seria diferente, pois como citei acima: lá ele é um congressista, mas do lado de fora é um religioso.

3 - O Deputado, até o momento, não cometeu nenhuma ação que gerasse qualquer dano a qualquer pessoa ou classe que não seja bem vista por ele próprio.

4 - Ainda como legislador, ele está certo ao dizer que defende a constituição ao ser contra o casamento gay, afinal, está escrito na constituição.

5 - Qualquer pessoa tem o direito de se manifestar contra as ideias de Feliciano, pois é um direito assegurado na constituição. Eu por exemplo não vejo problema no casamento gay, ou na legalização controlada da maconha, ou até mesmo no aborto em casos de violência sexual ou risco à saúde da mãe, coisas que Feliciano abomina, no entanto, não tenho o direito de recriminá-lo. Tenho a minha opinião e ele tem a dele, ambas devem ser respeitadas.

6 - Quem se sente ofendido pelas palavras de Feliciano deve procurar os meios legais para resolver o problema e não causar balburdia.

7 - Marcos Feliciano não cometeu nenhum crime, embora venha sendo acusado de vários, pois não é crime opinar ou se manifestar. Ao considerarmos crime as palavras de Feliciano estaremos abrindo portas para a censura.

8 - Alguns (cerca de 20) estudantes da UNB causaram algazarra na Comissão, impedindo a continuidade de uma seção, invadindo um patrimônio público, quebrando bens públicos e ameaçando o Deputado, isto sim é crime.

9 - Deste modo, o suposto agressor (reafirmo, a meu ver não há agressão ou crime), se tornou agredido por uma atitude de um pequeno grupo de estudantes que violaram as leis.

10 - Caso alguém julgue contraditório o fato de eu postar sobre o Estado ser laico e Feliciano ser um congressista e, depois defender o direito religioso do mesmo, cabe a explicação: Feliciano enquanto congressista, ou seja, ao presidir a Comissão dos Direitos Humanos, terá de julgar sem envolvimento religioso, visto que ele está ali como legislador, como defensor do Estado (que é laico). Porém em qualquer situação onde ele não esteja representando o Estado ele tem o direito de julgar algo conforme sua religião, desde que não haja contra ninguém motivado pelo seu julgamento.

10 - Vale lembrar que, embora eu não me sinta representado por Marcos Feliciano, ele foi eleito e é de fato um representante do povo, não é para mim, mas é para milhares de eleitores e esses tem de ser respeitados.

Trocando em miúdos:

Acredito piamente que Feliciano não é nem de longe um bom nome para a Comissão em questão, acredito que seus princípios religiosos podem interferir no caminhar de seu expediente, sim! Acredito que o cargo deveria ser ocupado por uma pessoa menos polêmica e mais neutra perante à temática.

Acredito ainda, que a culpa disso tudo, é dessa coalizão inescrupulosa que leva o governo a leiloar cargos entre a base sem qualquer distinção, sem o mínimo critério técnico.

Me desculpem os críticos mais ferrenhos, mas não há nada de errado nos atos de Feliciano até o momento, e não sou eu quem diz, é a constituição...

Cada um tem o país que merece...

Lucas Cunha